Carpe Diem ou aproveitem o dia

Cada sol que nasce é menos um que vemos nascer. Aproveita cada um deles.

domingo, 29 de maio de 2011

Podar não é matar

A poda das árvores daria muito que falar. Há muito a dizer sobre os mais variados tipos de poda. Há que destrinçar as árvores de fruto das árvores ornamentais pois os objetivos da poda deverão ser completamente distintos. Se numas queremos valorizar a produção, nas outras já valorizamos a estética.  O problema é quando queremos transformar árvores de fruto em árvores ornamentais e não conseguimos nem uma coisa nem outra. As árvores de fruto foram concebidas para produzir frutos e a necessidade de poda justifica-se aquando da sua formação, para arejamento minimizando pragas e doenças ou até para produzir menos frutos mas com maior tamanho e melhor sabor.

Todo o tipo de podas tem a altura mais indicada para ser realizada. Não podemos podar só porque a determinada altura é que nos lembramos que a copa das árvores nos estava a incomodar. Se não podamos na altura correta estaremos a prejudicar a árvore que já se encontra numa fase de desenvolvimento avançado e não no estado indicado para a poda.

O núcleo de Braga da Quercus tem realizado algumas formações sobre podas de árvores, quer sejam de fruto ou ornamentais. Claro que estas formações, uma vez que têm uma grande componente prática, têm sido realizadas no Outono e no Inverno. Todos os anos as repetem. Estas formações são sempre muito concorridas pelo que, se tiver mesmo interesse em participar, é preciso estar atento ao site da Quercus no início do Outono para fazer a inscrição.

Por esta altura, e uma vez que o tema das podas é mesmo importante, no dia 3 de Junho, pelas 21h30, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, em Braga,  decorrerá uma sessão de esclarecimento intitulada "Podar não é matar",  tendo por orador Paulo Moura, cuja atividade profissional é na área da jardinagem, a convite da Quercus Braga.
Como a entrada é livre, compareça e divulgue!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Está mais do que "aberta" a época das sementeiras.

Gosto da "época" das sementeiras!
O tempo está ameno e o sol afaga-me a face.
A brisa suave envolve-me em aromas adocicados e frescos.
O cheiro da terra molhada pela manhã enche-me o peito.
O céu azul é refletido nos meus olhos como um espelho brilhante.
O silêncio é interrompido pelo chilrear incessante dos pássaros e pela corrente do riacho que tropeça nas pedras que salpicaram o caminho.
A tranquilidade invade-me a alma!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Feira da Primavera no Cantinho das Aromáticas em V.N. Gaia


Mais uma Primavera e mais uma vez O Cantinho das Aromáticas, em parceria com a Raízes realizam a Feira da Primavera, durante 7 sábados, tendo o seu início a 16 de Abril e prolongando-se até 28 de Maio. Se tiverem interesse sobre esta temática podem participar todos os sábados desde as 10h00 até às 18h00. Podem participar como visitantes ou até mesmo com o seu expositor ligado à temática, uma vez que há espaço destinado à comercialização e divulgação de produtos relacionados com a agricultura biológica, produtos ecológicos e sustentáveis. Para tal basta entrar em contato com o Cantinho das Aromáticas.

Em cada sábado serão também proporcionadas conversas informais com personalidades ligadas à agricultura biológica, ecologia e desenvolvimento sustentável.

Eu tive a oportunidade de participar no sábado passado e passear pela quinta com Pedro Rocha que nos explicou como resolveu mudar de vida e dedicar-se de corpo e alma à produção biológica. Um verdadeiro exemplo para quem quer ter uma vida mais sustentável.

terça-feira, 19 de abril de 2011

A ESPIRAL DE ERVAS DA QUINTA PEDAGÓGICA DE REAL - BRAGA

A observação da natureza é um dos princípios da Permacultura.

Após a oficina de permacultura realizada no dia 9 de Abril, a Quinta de Real, em Braga, já tem uma espiral de ervas aromáticas. Foi construída no âmbito da componente prática desta oficina que se revelou de grande interesse para a iniciação em permacultura.
A forma da floreira em espiral é fruto da tentativa de reprodução de uma das formas que encontramos na natureza. Algumas conchas e fetos têm esta forma. Ao imitar padrões encontrados na natureza estamos a proporcionar harmonia e integração entre o homem e a natureza. A forma em espiral consegue otimizar a produção e a distribuição de energia e do espaço. A grande variedade de plantas consegue cativar um vasto número de insetos e a sua consociação pemite reduzir algumas pragas.
Para manter a humidade e para que ervas espontaneas não apareçam à superfície, é vantajoso colocar um cartão na zona onde vamos construir a espiral. Como o cartão é de origem orgânica será facilmente decomposto e integrado no solo.
Para facilitar a drenagem colocamos brita mas também poderiamos ter colocado argila expandida, pequenas pedras ou restos de telhas partidas. A ideia é sempre reutilizar alguns materiais que tenhámos disponíveis.
De seguida, desenhou-se uma espiral fictícia no cartão  como os tijolos e começou-se a sobrepô-los mantendo a forma. Na cota mais baixa começou-se apenas com um tijolo e foi-se sobrepondo tijolos até à cota mais alta. No final, no interior da espiral ficamos com várias camadas de tijolos perfazendo aproximadamente 1,00 m e na parte exterior apenas uma camada (altura de 1 tijolo). O diâmetro inicial da espiral deverá ser aproximadamente de 1,60 m.


Na cota mais baixa e mais sombria construimos um lago aproveitando um recipiente reciclado, colocado ao nível da terra.
Depois da estrutura estar construída, deve-se colocar composto ou adubo sempre de origem orgânica e preencher o restante com substrato vegetal.
Para escolher as ervas a plantar deve-se ter em consideração as características das mesmas assim como as características em cada zona da espiral.
Na espiral haverá uma zona mais exposta ao sol, uma zona mais sombria, uma zona mais húmida e outra mais seca.
Na zona mais húmida e sombria optamos por plantar hortelãs e manjericão. Na zona mais exposta ao sol, plantamos a alfazema, a santolina e o tomilho.
No final se ficarem alguns espaços por preencher é de toda a importância colocar alguma palha para que o solo não fique descoberto, permitindo também manter os níveis de humidade e protegê-lo das radiações ultravioletas.
Para finalizar, deverá regar-se toda a espiral, cuidado este que deverá ser mantido durante toda a existência da espiral.
 

Algumas das plantas escolhidas para plantar na nossa espiral de ervas:
Hortelã pimenta (Mentha x piperita)
Oregãos (Origanum vulgare)
Manjericão (Ocimum basilicum L.)
Milefólio (Achillea milfolium)
Santolina (Santolina chamaecyparissus)
Salva (Salvia officinalis)
Tomilho vulgar (Thymus vulgaris) 

sábado, 2 de abril de 2011

Pão de ló com ovos da capoeira ou de galinhas felizes




Há sem dúvida um sem número de receitas de pão de ló.
Todas elas muito boas. Os ingredientes principais são os ovos, o açúcar e a farinha. Há o pão de ló de Alfeizerão, de Arouca , de Ovar, de Margaride, o de Vizela,  ou simplesmente o pão de ló. Andava há algum tempo com vontade de experimentar esta iguaria tão apreciada e tão tradicional. Agora que a época pascal se aproxima é uma boa altura para pôr mãos à obra. Até porque a Primavera chegou, o bom tempo parece começar a evidenciar-se, as galinhas  andam mais felizes refletindo-se em ovos com maior abundância.

As galinhas donas destes ovos são criadas em capoeira e algumas delas até se encontram em regime extensivo ou livres pelo campo fora. É destas galinhas que eu gosto. Não gosto das que vivem encurraladas em gaiolas.  Não gosto das que têm de ser mutiladas cortando-lhes o bico para que não pratiquem canibalismo nem arranquem penas umas às outras. Não gosto das que não podem correr e por isso as suas gaiolas precisam de ter dispositivos próprios para o desgaste necessário das garras. Gosto de galinhas que possam andar, correr e abrir as suas asas. E gosto muito mais dos ovos destas galinhas. Ovos que são amarelos como o sol porque são mesmo assim. Não são cor de laranja artificial nem amarelo corante. São assim porque são assim. Ou se calhar não. São assim porque as galinhas são felizes. São assim porque as galinhas comem couve, comem milho e outros cereais. São assim porque as galinhas podem ver a luz do dia, porque o seu dia é regulado pelo nascer e pelo pôr do sol e não por iluminação artificial que tem de ser regulamentada com legislação específica. É deste pão de ló que eu gosto. Feito com ovos felizes cor do sol.

18 gemas
6 claras
250g açúcar
125g farinha
1 colher chá fermento

Bater as gemas com o açúcar até obter um creme esbranquiçado e o volume do preparado tenha duplicado. Adicionar a farinha e o fermento e continuar a bater durante 10 minutos. Bater as claras em castelo e envolvê-las no preparado anterior sem bater.
Forrar uma forma com papel vegetal, barrar o papel com margarina, colocar o preparado e levar a forno pré-aquecido a 180 graus durante 25 minutos.

terça-feira, 29 de março de 2011

Dicas ecológicas

O Minuto Verde, da Quercus, é uma das rubricas do Bom Dia Portugal da RTP. É graças a esta rubrica que todos os dias temos acesso a algumas dicas que facilmente podemos pôr em prática e melhorar o ambiente.
Há uns tempos a dica era sobre o desentupimento de canos com bicarbonato de sódio. Fiquei então a saber que este produto não era só utilizado em culinária.

Para desentupir canos sem recorrer a produtos químicos bastam 4 colheres de sopa de bicarbonato de sódio, 50 ml de vinagre e água a ferver. Num recipiente colocar o bicarbonato e juntar o vinagre, misturando com cuidado. Estes dois começam a reagir produzindo dióxido de carbono. Assim que a reação estiver a terminar juntar água a ferver com cuidado para não haver lugar a queimaduras. Depois é só colocar o preparado pelo ralo da banca. Bastante simples e sem recorrer a produtos químicos!

Encontrei também um site muito interessante sobre dicas ecológicas:
http://www.umavidaverde.com/

sexta-feira, 25 de março de 2011

Desafio "Conte-me a sua Receita"

O bolo de figos da minha avó

Desde muito cedo que avós e netos desenvolvem uma grande empatia. Eu e a minha avó não fomos exceção. Sempre passamos bons tempos juntas. Talvez pela grande, mesmo grande, diferença de idades, ou simplesmente pela cumplicidade que sempre houve entre nós.
Sempre gostei de brincar com ela, entendíamo-nos. As atividades eram muitas. Lembro-me, e ela também, de brincarmos com a rapa, ao jogo do galo, de irmos ao capoeiro ver se as galinhas tinham posto ovos (apesar de vivermos na cidade), espreitar nos canteiros se havia alguma flor nova e de fazer experiências na cozinha.
Na casa da minha avó, ao fim da tarde sentia-se sempre o cheiro da cevada acabada de fazer para o lanche. Ao domingo havia quase sempre bolo, nos outros dias havia quando sobrava ou então quando nos dedicávamos à arte. Não eram tempos de abundância como os de hoje.
Sinceramente, não éramos exímias pasteleiras. Acho que falhava sempre alguma coisa! Ou era a forma que era de folheta e o bolo pegava, ou a farinha de estar tanto tempo guardada no armário cheirava a mofo, ou o bolo ficava seco de mais que às vezes chegava mesmo a queimar. Havia sempre uma desculpa. A minha avó não guardava receitas e eu era muito pequena para saber alguma coisa da minha autoria ou para colecionar recortes, livros, revistas, papéis passados à mão, a computador e fotocópias que agora me enchem os armários. Era tudo de cor. Nem sempre corria bem. Mas era sempre bom. Talvez porque na minha casa não houvesse o hábito de confecionar doces ou simplesmente porque eram momentos bem passados.
Ao fazer uma retrospetiva dos bolos que fazíamos, lembrei-me de um de que gostávamos bastante, o bolo de figos. Este bolo era sempre feito algum tempo depois do natal pois servia para aproveitar uma das várias “miudezas” que se compravam para a época natalícia – os figos secos “pingo de mel”.
Ao tirar o bolo do forno, com a ansiedade que só uma criança pode ter para provar uma fatia, havia sempre a expectativa de como estaria. Sobre a mesa, já estava a cafeteira com a cevada a fumegar.
Tive que recordar a receita. Como esta semana não vou estar com a minha avó não pude verificar se ela se lembrava das quantidades. Mas pondo mãos à obra e com alguma sensibilidade para a questão saiu um bolo de figos bem à maneira que comíamos antigamente.

200 g figos pingo de mel secos
225 g margarina
6 ovos
300g açúcar
500g farinha
1 cálice aguardente
1 chávena almoçadeira de leite
2 colheres (chá) de canela
Raspa de ½ limão
1 colher  (sopa) de fermento em pó

Piquei os figos grosseiramente e juntei a margarina amolecida previamente. Envolvi e juntei o açúcar, a canela, o leite, a raspa do limão e a aguardente. Bati bem com uma colher de pau. A este preparado, adicionei os ovos, um a um, batendo bem entre cada adição. Por último juntei a farinha e o fermento peneirados e voltei a bater bastante.
Untei com um pouco de margarina uma forma de buraco e depois polvilhei com farinha para o bolo não se agarrar ao desenformar. Deitei o preparado na forma e levei-a ao forno pré aquecido a 180ºC durante aproximadamente 1hora.
Deixei arrefecer um pouco e desenformei.

Com esta receita resolvi participar no desafio promovido pela RTP e pelo blogue Cinco Quartos de Laranja, intitulado Conte-me a sua Receita e cujo tema se centraliza em receitas dos anos 60 e 70.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Esparguete com hortelã

Andei a ver o que tinha disponível na minha varanda que pudesse ser utilizado na minha refeição e encontrei hortelã. Ía de encontro a uma receita que tinha tirado já há algum tempo de uma Notícias Magazine de Outubro do passado ano. Fiz umas pequenas alterações nas quantidades e ficou uma delícia.

200g de esparguete
4 colheres sopa azeite
1 dente alho
1 beringela
200g tomate cereja
1 queijo mozzarella fresco
hortelã
sal e pimenta q.b.

Coza a massa até ficar al dente. Retire a casca da beringela e corte-a em cubinhos. Numa frigideira, pique o alho e adicione o azeite. Junte a beringela e deixe cozinhar tendo o cuidado de mexer para que não queime. Tempere com sal e pimenta a gosto. Adicione os tomates cortados a meio e cozinhe 3 minutos. Por fim, adicione o queijo mozzarella  cortado em cubos e assim que derreter misture todo este preparado à massa que já deverá estar escorrida. Já no prato de servir enfeite com as folhas de hortelã.
Mais uma massa muito simples e fácil de fazer e que se torna muito agradável para uma refeição que se pretenda mais leve.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Permacultura


Nem o  próprio criador da permacultura,  Bill Mollison, consegue definir com exatidão o que é a permacultura. Com toda a certeza, pode-se afirmar que permacultura vai muito além da contração das palavras permanente e cultura.
 Apesar de parecer que apenas contempla o campo, pode ser aplicada em qualquer lugar: numa habitação, numa cidade, em quintas e hortas, zonas industriais ou escolas.

Reciclar é um bom exemplo de como ser um permacultor. Reciclar o máximo possível faz sentido. A reciclagem economiza energia, espaço utilizado para aterros e dinheiro. Os produtos orgânicos devem ser compostados corretamente e retornados à terra. Este composto enriquece o solo melhorando a produção. O reaproveitamento de materiais é outro exemplo ao alcance de todos. Latas, potes e garrafas já utilizados podem perfeitamente servir para guardar alimentos, funcionar como vasos e até como elementos decorativos! Pode-se facilmente transformar o pátio inerte e triste de uma escola numa área arborizada. A natureza agradece-nos de imediato ao devolver-nos coloridas borboletas e um encantador chilrear de pássaros. Tudo isto é permacultura! Trabalhar com e para a natureza e nunca contra ela. Já dizia Sepp Holzer: "Não há catástrofes naturais, há sim catástrofes humanas!" 

A Quercus irá realizar uma Oficina sobre Permacultura na Quinta Pedagógica de Braga no próximo dia 9 de Abril. Nesta Oficina irá construir-se uma espiral de ervas. A espiral de ervas é uma construção tridimensional de terra que funcionará como floreira . Este tipo de  estrutura fornece nichos com condições diferentes para várias plantas com exigências diferentes de luz, calor e humidade. A espiral de ervas é um elemento clássico da Permacultura pois interliga vários dos seus princípios.

O site da Quercus tem todas as indicações para as inscrições.
http://www.quercus.pt/

domingo, 13 de março de 2011

Sementeiras de Plantas Aromáticas e Medicinais (PAM)

Como já tinha aqui informado num dos primeiros posts,  ontem foi dia de sementeiras de PAM no Parque S. João da Ponte, em Braga, atividade organizada pela Quercus -  núcleo de Braga em parceria com a Câmara Municipal.
O tempo não ajudou muito e a atividade em vez de ter decorrido ao ar livre como estava inicialmente planeado foi realizada na Ludoteca, antiga Estufa Municipal, no mesmo Parque. Só se teve de pegar nas mesas que tinham sido preparadas e levá-las para dentro do edifício.

Para reutilizar materiais, fizemos alguns motes com embalagens de iogurtes agupadas 6 a 6 e coladas com fita cola. Também se reaproveitaram garrafas de água e vasinhos. Depois foi só fazer um furinho no fundo para a imprescindível drenagem.



No fundo de cada recipiente colocou-se argila expandida que além de promover o arejamento radicular das futuras plantulas e de drenar o excesso de água também reduz a quantidade de substrato a colocar em cada vaso.



Ao substrato misturou-se areia de rio numa proporção de, aproximadamente, 1 para 4. Encheram-se os recipientes com este preparado e em cada um colocou-se a semente pretendida.



Havia muitas sementes disponíveis: Coentros (coriandrum sativum), Salsa (petroselinum crispum), Tomilho Bela Luz (thymus mastichina), Cebolinho (allium schoenoprasum), Manjericão (ocimum basilicum), Funcho (foeniculum vulgare), Cidreira (melissa officinalis), Hortelã Pimenta (mentha x piperita) , Hipericão do Gerês (hypericum androsaemum), Hipericão Vulgar (hypericum perforatum) e Santolina (santolina chamaecyparissus).



No final regaram-se todos os vasinhos e motes com um pulverizador. Todos estes recipientes foram colocados num local abrigado e com as condições climatéricas ideais para promover a germinação das sementes, com exceção dos que pudemos trazer para casa com as sementes prediletas.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Fins de semana gastronómicos

Se não sabem o que fazer no Dia do Pai, posso-vos sugerir um bonito passeio pela magnífica Vila de Arcos de Valdevez. É sempre muito agradável passear pelas margens do rio Vez principalmente quando a Primavera está prestes a chegar. Sugiro-vos os dias 19 e 20 de Março porque se irá realizar o  fim de semana gastronómico de Arcos de Valdevez. Este ano o prato a concurso é a carne cachena acompanhada com arroz de feijão tarrestre e broa de milho e para sobremesa os famosos charutos de ovos com laranja do Ermelo. Para beber nada como provar os tão apreciados vinhos verdes engarrafados por produtores dos Arcos.

A broa de milho de Arcos de Valdevez, a laranja do Ermelo (aldeia de Arcos de Valdevez) e o feijão Tarreste, cultivado nas Serras do Soajo e Peneda, são três dos seis produtos portugueses incluídos na Arca do Gosto  da Slow Food,  um catálogo mundial de produtos da terra considerados especiais, pelo seu valor nutritivo, mas que se encontram ameaçados de desaparecer.
O objetivo da Slow Food  é documentar produtos gastronómicos especiais, que estão em risco de desaparecer. Desde o início da iniciativa em 1996, mais de 750 produtos de dezenas de países foram integrados na Arca. Este catálogo constitui um recurso para todos os interessados em recuperar raças autótones e aprender a verdadeira riqueza de alimentos que a terra oferece.
O movimento internacional Slow Food  defende um modo de vida sem pressa, que começa na mesa e procura a difusão do conhecimento, da cultura e das riquezas enogastronómicas, com uma especial preocupação na proteção do património agro-alimentar, a preservação dos conhecimentos rurais e artesanais e a defesa da biodiversidade vegetal e animal.

O projeto Arca do Gosto  integrado no movimento Slow Food  pretende guardar a memória dos alimentos, alguns em risco de desaparecerem. Nesta arca de sabores são catalogados alimentos com uma qualidade gustativa extraordinária, que estejam ligados a comunidades e culturas específicas e que sejam produzidos em pequena escala por produtores artesanais usando métodos agrícolas sustentáveis. Estes produtos são catalogados por uma comissão internacional, constituída por pesquisadores e cientistas. O processo de seleção dos alimentos é monitorizado por especialistas em alimentação em todo o mundo.

http://www.cmav.pt/agenda.php?id=723
www.portoenorte.pt/gastronomia/2011/?p=1218
http://www.slowfoodfoundation.org/pagine/eng/arca/cerca.lasso?-id_pg=36#risultati

terça-feira, 8 de março de 2011

Tarte de limão merengada

O que fazer com tantos limões que os limoeiros nos oferecem durante quase todo o ano? Há um infindável número de utilizações possíveis. Com alguns deles resolvi fazer uma tarte.



Ingredientes

Massa:
150g farinha trigo com fermento
100g margarina derretida
50g açucar
1 gema ovo
raspa de 1 limão

Recheio:
250 ml água
3 colheres sopa de amido de milho (tipo maizena)
100g açucar
raspa e sumo de 1 limão
3 gemas

Merengue:
4 claras
2 colheres sopa açucar

Numa tigela juntar a farinha, a margarina, o açucar, a gema de ovo e a raspa do limão. Amassar até formar uma bola homogénea. Untar uma forma de tarte com margarina e forrar com esta massa. Picar toda a massa com um garfo. Levar a tarte ao forno pré-aquecido a 180ºC durante aproximadamente 10 minutos.

Num tacho junte o amido de milho com a água e misture muito bem com uma vara de arames para não ganhar grumos. Adicione o açucar, a raspa e o sumo de limão. Leve ao lume, mexendo sempre, até engrossar. Retire, deixe arrefecer um pouco, e incorpore as gemas previamente batidas.

Retire a tarte do forno e espalhe o recheio por cima.

Para preparar o merengue, bata as claras em castelo e, antes de terminar, adicione em chuva o açucar, continuando a bater mais um pouco até ficarem bem firmes.
Com um saco de pasteleiro cubra o recheio com o merengue e leve novamente ao forno durante, aproximadamente, 20 minutos a 180ºC ou até o merengue ficar dourado.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Salada fresca de coentros

Este fim de semana resolvi fazer uma salada rápida e aproveitar uma erva aromática que costumo ter com alguma fartura na minha varanda  - o coentro. Esta saladinha é muito simples de se fazer e tanto se pode comer quente como fria. Eu costumo comê-la fria e é bastante agradável.

Cozi massa em forma de lacinhos (200g) em bastante água temperada com sal q.b. (quanto menos bem melhor) e uma colher de sopa de azeite. Após cozida e arrefecida coloquei-a numa taça e juntei passas (50g), pinhões (50g), delícias do mar (5 tirinhas) cortadas fininhas, 1/2 dente de alho finamente picado, coentros (2 colheres sopa) grosseiramente picados e um fio de azeite. Envolvi tudo muito bem e polvilhei com mais coentros para decorar.

É uma salada muito fresca para o tempo que se avizinha. Pode ser feita com bastante antecedência e muito útil para se levar para um piquenique, para a praia ou até para o trabalho para um almoço rápido.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Tempo de Sementeiras

Um bem haja a este bom tempo! E como tal, é altura ideal para se começarem algumas sementeiras. Aqui na minha varanda, começa-se a dar uso aos inúmeros vasos, garrafões, garrafas, embalagens de iogurtes que antes de teminarem no ecoponto mais próximo ainda são reutilizados como sementeiras improvisadas.
Tenho inúmeras sementes à espera de um bocadinho de terra. É preciso fazer alguma seleção, uma vez que não tenho muito espaço disponível. Algumas sementes já guardei do ano passado, altura em que me iniciei nestas lides, outras vou comprando ou em feiras ou em supermercados. Hoje foram parar aos tais recipientes algumas sementes de uma aboborinha amarela que comprei no ano passado num mercadinho biológico e cujas sementes consegui secar.  As sementes de um pimento verde, de um pimento vermelho e de uma beringela também tiveram a sorte de tentar a germinação. Estas sementes foram aproveitadas dos respetivos vegetais que comprei para consumir e colocadas a secar. Uma vez que estão no exterior mas protegidas de geadas, é só ir regando para manter a humidade e esperar. Espero que corra bem a sementeira. Quando começarem a germinar tiro algumas fotografias para vos mostrar.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Projeto Horta-à-Porta

De uns tempos para cá, tudo o que se relaciona com agricultura biológica agrada-me. O espaço no meu terraço tornou-se diminuto para os inúmeros projetos que passam pela minha cabeça. Por isso, há uns tempos, candidatei-me a uma horta biológica, para ter um pequeno espaço de terra só meu. Um talhão onde eu pudesse desenvolver um bocadinho de agricultura biológica. Como entretanto chegou o Inverno ainda mal pratiquei os meus conhecimentos. Além de limpar todo o terreno de infestantes, de o sachar e de o adubar com composto orgânico, pouco mais fiz. Mas quando posso, lá vou eu dar um salto à minha hortinha. Tenho salsa, coentros, alecrim, uns pés de couve galega e de nabiças.  Mas ideias não me faltam. Vem agora o tempo das sementeiras e quando puder estou lá em força.
Ontem soube que o Projeto Horta-à-Porta, Hortas Biológicas da Região do Porto, do qual esta horta faz parte, venceu a fase nacional dos Prémios Europeus de Iniciativa Empresarial, organizado pelo IAPMEI, e vai agora disputar, conjuntamente com centenas de outros projetos dos 27 Países Europeus, a final Internacional.
Claro que fiquei bastante satisfeita por pessoas como eu poderem contribuir para que esta iniciativa seja sustentável e cada vez mais divulgada.
Aqui fica o meu tributo ao Projeto Horta-à-Porta da LIPOR. Continuem a desenvolver tão dignificante trabalho!


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Livros

Hoje comprei dois livros. Um deles já andava para o comprar há bastante tempo, mas estava sempre a adiar. Hoje finalmente comprei-o. Trata-se do Julie e Julia  de Julie Powell  da Bertrand Editora. Acho que se adequa bastante ao que estou a viver atualmente. Ao período de mudança, às (in)decisões que tenciono tomar, às reflexões que preciso de fazer, à vontade de cozinhar que me persegue desde que me conheço. Bem, mas eu ainda não li o livro. De certeza que não me vou desiludir. O outro livro também o achei bastante interessante. É sobre pão, ou melhor, como fazer pão na máquina de fazer pão (MFP) . Chama-se 200 receitas - pão de  Joanna Farrow  da Civilização Editores. Pois é! Tenho uma máquina de fazer pão acabadinha de comprar. Veio para o dia dos namorados. Já fiz três pães que saíram bastante saborosos. Realmente é muito fácil fazer pão na MFP e, além do mais, saíram mesmo fofinhos.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O início

Este é o meu blog. Aqui se falará sobre natureza, hortas, ambiente, reciclagem e reutilização de materiais. A culinária será sempre o tema central. Como aproveitar o que a natureza nos oferece para confecionar agradáveis iguarias. Nem toda a gente tem horta. Eu também aproveito o meu terraço para semear e plantar tudo o que posso, dependendo da estação do ano. Só para começar, experimentem ter uns vasinhos com algumas ervas aromáticas e medicinais na varanda. Assim sempre que precisarem de alguma é só ir lá fora e colher alguns pés com carinho.

Oficina de Propagação de Plantas Aromáticas

Por falar em plantas aromáticas, soube agora que o Núcleo Regional da Quercus de Braga vai organizar uma Oficina de Propagação de Plantas Aromáticas e Medicinais. Vai ser no dia 12 de Março das 15h às 17h no Parque de S. João da Ponte em Braga. A participação é gratuita, mediante inscrição prévia. No site da Quercus tem toda a informação. De certeza que vai ser bastante interessante. Já fiz com eles algumas oficinas e workshops e aprende-se sempre muita coisa.