Carpe Diem ou aproveitem o dia

Cada sol que nasce é menos um que vemos nascer. Aproveita cada um deles.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Está mais do que "aberta" a época das sementeiras.

Gosto da "época" das sementeiras!
O tempo está ameno e o sol afaga-me a face.
A brisa suave envolve-me em aromas adocicados e frescos.
O cheiro da terra molhada pela manhã enche-me o peito.
O céu azul é refletido nos meus olhos como um espelho brilhante.
O silêncio é interrompido pelo chilrear incessante dos pássaros e pela corrente do riacho que tropeça nas pedras que salpicaram o caminho.
A tranquilidade invade-me a alma!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Feira da Primavera no Cantinho das Aromáticas em V.N. Gaia


Mais uma Primavera e mais uma vez O Cantinho das Aromáticas, em parceria com a Raízes realizam a Feira da Primavera, durante 7 sábados, tendo o seu início a 16 de Abril e prolongando-se até 28 de Maio. Se tiverem interesse sobre esta temática podem participar todos os sábados desde as 10h00 até às 18h00. Podem participar como visitantes ou até mesmo com o seu expositor ligado à temática, uma vez que há espaço destinado à comercialização e divulgação de produtos relacionados com a agricultura biológica, produtos ecológicos e sustentáveis. Para tal basta entrar em contato com o Cantinho das Aromáticas.

Em cada sábado serão também proporcionadas conversas informais com personalidades ligadas à agricultura biológica, ecologia e desenvolvimento sustentável.

Eu tive a oportunidade de participar no sábado passado e passear pela quinta com Pedro Rocha que nos explicou como resolveu mudar de vida e dedicar-se de corpo e alma à produção biológica. Um verdadeiro exemplo para quem quer ter uma vida mais sustentável.

terça-feira, 19 de abril de 2011

A ESPIRAL DE ERVAS DA QUINTA PEDAGÓGICA DE REAL - BRAGA

A observação da natureza é um dos princípios da Permacultura.

Após a oficina de permacultura realizada no dia 9 de Abril, a Quinta de Real, em Braga, já tem uma espiral de ervas aromáticas. Foi construída no âmbito da componente prática desta oficina que se revelou de grande interesse para a iniciação em permacultura.
A forma da floreira em espiral é fruto da tentativa de reprodução de uma das formas que encontramos na natureza. Algumas conchas e fetos têm esta forma. Ao imitar padrões encontrados na natureza estamos a proporcionar harmonia e integração entre o homem e a natureza. A forma em espiral consegue otimizar a produção e a distribuição de energia e do espaço. A grande variedade de plantas consegue cativar um vasto número de insetos e a sua consociação pemite reduzir algumas pragas.
Para manter a humidade e para que ervas espontaneas não apareçam à superfície, é vantajoso colocar um cartão na zona onde vamos construir a espiral. Como o cartão é de origem orgânica será facilmente decomposto e integrado no solo.
Para facilitar a drenagem colocamos brita mas também poderiamos ter colocado argila expandida, pequenas pedras ou restos de telhas partidas. A ideia é sempre reutilizar alguns materiais que tenhámos disponíveis.
De seguida, desenhou-se uma espiral fictícia no cartão  como os tijolos e começou-se a sobrepô-los mantendo a forma. Na cota mais baixa começou-se apenas com um tijolo e foi-se sobrepondo tijolos até à cota mais alta. No final, no interior da espiral ficamos com várias camadas de tijolos perfazendo aproximadamente 1,00 m e na parte exterior apenas uma camada (altura de 1 tijolo). O diâmetro inicial da espiral deverá ser aproximadamente de 1,60 m.


Na cota mais baixa e mais sombria construimos um lago aproveitando um recipiente reciclado, colocado ao nível da terra.
Depois da estrutura estar construída, deve-se colocar composto ou adubo sempre de origem orgânica e preencher o restante com substrato vegetal.
Para escolher as ervas a plantar deve-se ter em consideração as características das mesmas assim como as características em cada zona da espiral.
Na espiral haverá uma zona mais exposta ao sol, uma zona mais sombria, uma zona mais húmida e outra mais seca.
Na zona mais húmida e sombria optamos por plantar hortelãs e manjericão. Na zona mais exposta ao sol, plantamos a alfazema, a santolina e o tomilho.
No final se ficarem alguns espaços por preencher é de toda a importância colocar alguma palha para que o solo não fique descoberto, permitindo também manter os níveis de humidade e protegê-lo das radiações ultravioletas.
Para finalizar, deverá regar-se toda a espiral, cuidado este que deverá ser mantido durante toda a existência da espiral.
 

Algumas das plantas escolhidas para plantar na nossa espiral de ervas:
Hortelã pimenta (Mentha x piperita)
Oregãos (Origanum vulgare)
Manjericão (Ocimum basilicum L.)
Milefólio (Achillea milfolium)
Santolina (Santolina chamaecyparissus)
Salva (Salvia officinalis)
Tomilho vulgar (Thymus vulgaris) 

sábado, 2 de abril de 2011

Pão de ló com ovos da capoeira ou de galinhas felizes




Há sem dúvida um sem número de receitas de pão de ló.
Todas elas muito boas. Os ingredientes principais são os ovos, o açúcar e a farinha. Há o pão de ló de Alfeizerão, de Arouca , de Ovar, de Margaride, o de Vizela,  ou simplesmente o pão de ló. Andava há algum tempo com vontade de experimentar esta iguaria tão apreciada e tão tradicional. Agora que a época pascal se aproxima é uma boa altura para pôr mãos à obra. Até porque a Primavera chegou, o bom tempo parece começar a evidenciar-se, as galinhas  andam mais felizes refletindo-se em ovos com maior abundância.

As galinhas donas destes ovos são criadas em capoeira e algumas delas até se encontram em regime extensivo ou livres pelo campo fora. É destas galinhas que eu gosto. Não gosto das que vivem encurraladas em gaiolas.  Não gosto das que têm de ser mutiladas cortando-lhes o bico para que não pratiquem canibalismo nem arranquem penas umas às outras. Não gosto das que não podem correr e por isso as suas gaiolas precisam de ter dispositivos próprios para o desgaste necessário das garras. Gosto de galinhas que possam andar, correr e abrir as suas asas. E gosto muito mais dos ovos destas galinhas. Ovos que são amarelos como o sol porque são mesmo assim. Não são cor de laranja artificial nem amarelo corante. São assim porque são assim. Ou se calhar não. São assim porque as galinhas são felizes. São assim porque as galinhas comem couve, comem milho e outros cereais. São assim porque as galinhas podem ver a luz do dia, porque o seu dia é regulado pelo nascer e pelo pôr do sol e não por iluminação artificial que tem de ser regulamentada com legislação específica. É deste pão de ló que eu gosto. Feito com ovos felizes cor do sol.

18 gemas
6 claras
250g açúcar
125g farinha
1 colher chá fermento

Bater as gemas com o açúcar até obter um creme esbranquiçado e o volume do preparado tenha duplicado. Adicionar a farinha e o fermento e continuar a bater durante 10 minutos. Bater as claras em castelo e envolvê-las no preparado anterior sem bater.
Forrar uma forma com papel vegetal, barrar o papel com margarina, colocar o preparado e levar a forno pré-aquecido a 180 graus durante 25 minutos.