Carpe Diem ou aproveitem o dia

Cada sol que nasce é menos um que vemos nascer. Aproveita cada um deles.

terça-feira, 29 de março de 2011

Dicas ecológicas

O Minuto Verde, da Quercus, é uma das rubricas do Bom Dia Portugal da RTP. É graças a esta rubrica que todos os dias temos acesso a algumas dicas que facilmente podemos pôr em prática e melhorar o ambiente.
Há uns tempos a dica era sobre o desentupimento de canos com bicarbonato de sódio. Fiquei então a saber que este produto não era só utilizado em culinária.

Para desentupir canos sem recorrer a produtos químicos bastam 4 colheres de sopa de bicarbonato de sódio, 50 ml de vinagre e água a ferver. Num recipiente colocar o bicarbonato e juntar o vinagre, misturando com cuidado. Estes dois começam a reagir produzindo dióxido de carbono. Assim que a reação estiver a terminar juntar água a ferver com cuidado para não haver lugar a queimaduras. Depois é só colocar o preparado pelo ralo da banca. Bastante simples e sem recorrer a produtos químicos!

Encontrei também um site muito interessante sobre dicas ecológicas:
http://www.umavidaverde.com/

sexta-feira, 25 de março de 2011

Desafio "Conte-me a sua Receita"

O bolo de figos da minha avó

Desde muito cedo que avós e netos desenvolvem uma grande empatia. Eu e a minha avó não fomos exceção. Sempre passamos bons tempos juntas. Talvez pela grande, mesmo grande, diferença de idades, ou simplesmente pela cumplicidade que sempre houve entre nós.
Sempre gostei de brincar com ela, entendíamo-nos. As atividades eram muitas. Lembro-me, e ela também, de brincarmos com a rapa, ao jogo do galo, de irmos ao capoeiro ver se as galinhas tinham posto ovos (apesar de vivermos na cidade), espreitar nos canteiros se havia alguma flor nova e de fazer experiências na cozinha.
Na casa da minha avó, ao fim da tarde sentia-se sempre o cheiro da cevada acabada de fazer para o lanche. Ao domingo havia quase sempre bolo, nos outros dias havia quando sobrava ou então quando nos dedicávamos à arte. Não eram tempos de abundância como os de hoje.
Sinceramente, não éramos exímias pasteleiras. Acho que falhava sempre alguma coisa! Ou era a forma que era de folheta e o bolo pegava, ou a farinha de estar tanto tempo guardada no armário cheirava a mofo, ou o bolo ficava seco de mais que às vezes chegava mesmo a queimar. Havia sempre uma desculpa. A minha avó não guardava receitas e eu era muito pequena para saber alguma coisa da minha autoria ou para colecionar recortes, livros, revistas, papéis passados à mão, a computador e fotocópias que agora me enchem os armários. Era tudo de cor. Nem sempre corria bem. Mas era sempre bom. Talvez porque na minha casa não houvesse o hábito de confecionar doces ou simplesmente porque eram momentos bem passados.
Ao fazer uma retrospetiva dos bolos que fazíamos, lembrei-me de um de que gostávamos bastante, o bolo de figos. Este bolo era sempre feito algum tempo depois do natal pois servia para aproveitar uma das várias “miudezas” que se compravam para a época natalícia – os figos secos “pingo de mel”.
Ao tirar o bolo do forno, com a ansiedade que só uma criança pode ter para provar uma fatia, havia sempre a expectativa de como estaria. Sobre a mesa, já estava a cafeteira com a cevada a fumegar.
Tive que recordar a receita. Como esta semana não vou estar com a minha avó não pude verificar se ela se lembrava das quantidades. Mas pondo mãos à obra e com alguma sensibilidade para a questão saiu um bolo de figos bem à maneira que comíamos antigamente.

200 g figos pingo de mel secos
225 g margarina
6 ovos
300g açúcar
500g farinha
1 cálice aguardente
1 chávena almoçadeira de leite
2 colheres (chá) de canela
Raspa de ½ limão
1 colher  (sopa) de fermento em pó

Piquei os figos grosseiramente e juntei a margarina amolecida previamente. Envolvi e juntei o açúcar, a canela, o leite, a raspa do limão e a aguardente. Bati bem com uma colher de pau. A este preparado, adicionei os ovos, um a um, batendo bem entre cada adição. Por último juntei a farinha e o fermento peneirados e voltei a bater bastante.
Untei com um pouco de margarina uma forma de buraco e depois polvilhei com farinha para o bolo não se agarrar ao desenformar. Deitei o preparado na forma e levei-a ao forno pré aquecido a 180ºC durante aproximadamente 1hora.
Deixei arrefecer um pouco e desenformei.

Com esta receita resolvi participar no desafio promovido pela RTP e pelo blogue Cinco Quartos de Laranja, intitulado Conte-me a sua Receita e cujo tema se centraliza em receitas dos anos 60 e 70.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Esparguete com hortelã

Andei a ver o que tinha disponível na minha varanda que pudesse ser utilizado na minha refeição e encontrei hortelã. Ía de encontro a uma receita que tinha tirado já há algum tempo de uma Notícias Magazine de Outubro do passado ano. Fiz umas pequenas alterações nas quantidades e ficou uma delícia.

200g de esparguete
4 colheres sopa azeite
1 dente alho
1 beringela
200g tomate cereja
1 queijo mozzarella fresco
hortelã
sal e pimenta q.b.

Coza a massa até ficar al dente. Retire a casca da beringela e corte-a em cubinhos. Numa frigideira, pique o alho e adicione o azeite. Junte a beringela e deixe cozinhar tendo o cuidado de mexer para que não queime. Tempere com sal e pimenta a gosto. Adicione os tomates cortados a meio e cozinhe 3 minutos. Por fim, adicione o queijo mozzarella  cortado em cubos e assim que derreter misture todo este preparado à massa que já deverá estar escorrida. Já no prato de servir enfeite com as folhas de hortelã.
Mais uma massa muito simples e fácil de fazer e que se torna muito agradável para uma refeição que se pretenda mais leve.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Permacultura


Nem o  próprio criador da permacultura,  Bill Mollison, consegue definir com exatidão o que é a permacultura. Com toda a certeza, pode-se afirmar que permacultura vai muito além da contração das palavras permanente e cultura.
 Apesar de parecer que apenas contempla o campo, pode ser aplicada em qualquer lugar: numa habitação, numa cidade, em quintas e hortas, zonas industriais ou escolas.

Reciclar é um bom exemplo de como ser um permacultor. Reciclar o máximo possível faz sentido. A reciclagem economiza energia, espaço utilizado para aterros e dinheiro. Os produtos orgânicos devem ser compostados corretamente e retornados à terra. Este composto enriquece o solo melhorando a produção. O reaproveitamento de materiais é outro exemplo ao alcance de todos. Latas, potes e garrafas já utilizados podem perfeitamente servir para guardar alimentos, funcionar como vasos e até como elementos decorativos! Pode-se facilmente transformar o pátio inerte e triste de uma escola numa área arborizada. A natureza agradece-nos de imediato ao devolver-nos coloridas borboletas e um encantador chilrear de pássaros. Tudo isto é permacultura! Trabalhar com e para a natureza e nunca contra ela. Já dizia Sepp Holzer: "Não há catástrofes naturais, há sim catástrofes humanas!" 

A Quercus irá realizar uma Oficina sobre Permacultura na Quinta Pedagógica de Braga no próximo dia 9 de Abril. Nesta Oficina irá construir-se uma espiral de ervas. A espiral de ervas é uma construção tridimensional de terra que funcionará como floreira . Este tipo de  estrutura fornece nichos com condições diferentes para várias plantas com exigências diferentes de luz, calor e humidade. A espiral de ervas é um elemento clássico da Permacultura pois interliga vários dos seus princípios.

O site da Quercus tem todas as indicações para as inscrições.
http://www.quercus.pt/

domingo, 13 de março de 2011

Sementeiras de Plantas Aromáticas e Medicinais (PAM)

Como já tinha aqui informado num dos primeiros posts,  ontem foi dia de sementeiras de PAM no Parque S. João da Ponte, em Braga, atividade organizada pela Quercus -  núcleo de Braga em parceria com a Câmara Municipal.
O tempo não ajudou muito e a atividade em vez de ter decorrido ao ar livre como estava inicialmente planeado foi realizada na Ludoteca, antiga Estufa Municipal, no mesmo Parque. Só se teve de pegar nas mesas que tinham sido preparadas e levá-las para dentro do edifício.

Para reutilizar materiais, fizemos alguns motes com embalagens de iogurtes agupadas 6 a 6 e coladas com fita cola. Também se reaproveitaram garrafas de água e vasinhos. Depois foi só fazer um furinho no fundo para a imprescindível drenagem.



No fundo de cada recipiente colocou-se argila expandida que além de promover o arejamento radicular das futuras plantulas e de drenar o excesso de água também reduz a quantidade de substrato a colocar em cada vaso.



Ao substrato misturou-se areia de rio numa proporção de, aproximadamente, 1 para 4. Encheram-se os recipientes com este preparado e em cada um colocou-se a semente pretendida.



Havia muitas sementes disponíveis: Coentros (coriandrum sativum), Salsa (petroselinum crispum), Tomilho Bela Luz (thymus mastichina), Cebolinho (allium schoenoprasum), Manjericão (ocimum basilicum), Funcho (foeniculum vulgare), Cidreira (melissa officinalis), Hortelã Pimenta (mentha x piperita) , Hipericão do Gerês (hypericum androsaemum), Hipericão Vulgar (hypericum perforatum) e Santolina (santolina chamaecyparissus).



No final regaram-se todos os vasinhos e motes com um pulverizador. Todos estes recipientes foram colocados num local abrigado e com as condições climatéricas ideais para promover a germinação das sementes, com exceção dos que pudemos trazer para casa com as sementes prediletas.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Fins de semana gastronómicos

Se não sabem o que fazer no Dia do Pai, posso-vos sugerir um bonito passeio pela magnífica Vila de Arcos de Valdevez. É sempre muito agradável passear pelas margens do rio Vez principalmente quando a Primavera está prestes a chegar. Sugiro-vos os dias 19 e 20 de Março porque se irá realizar o  fim de semana gastronómico de Arcos de Valdevez. Este ano o prato a concurso é a carne cachena acompanhada com arroz de feijão tarrestre e broa de milho e para sobremesa os famosos charutos de ovos com laranja do Ermelo. Para beber nada como provar os tão apreciados vinhos verdes engarrafados por produtores dos Arcos.

A broa de milho de Arcos de Valdevez, a laranja do Ermelo (aldeia de Arcos de Valdevez) e o feijão Tarreste, cultivado nas Serras do Soajo e Peneda, são três dos seis produtos portugueses incluídos na Arca do Gosto  da Slow Food,  um catálogo mundial de produtos da terra considerados especiais, pelo seu valor nutritivo, mas que se encontram ameaçados de desaparecer.
O objetivo da Slow Food  é documentar produtos gastronómicos especiais, que estão em risco de desaparecer. Desde o início da iniciativa em 1996, mais de 750 produtos de dezenas de países foram integrados na Arca. Este catálogo constitui um recurso para todos os interessados em recuperar raças autótones e aprender a verdadeira riqueza de alimentos que a terra oferece.
O movimento internacional Slow Food  defende um modo de vida sem pressa, que começa na mesa e procura a difusão do conhecimento, da cultura e das riquezas enogastronómicas, com uma especial preocupação na proteção do património agro-alimentar, a preservação dos conhecimentos rurais e artesanais e a defesa da biodiversidade vegetal e animal.

O projeto Arca do Gosto  integrado no movimento Slow Food  pretende guardar a memória dos alimentos, alguns em risco de desaparecerem. Nesta arca de sabores são catalogados alimentos com uma qualidade gustativa extraordinária, que estejam ligados a comunidades e culturas específicas e que sejam produzidos em pequena escala por produtores artesanais usando métodos agrícolas sustentáveis. Estes produtos são catalogados por uma comissão internacional, constituída por pesquisadores e cientistas. O processo de seleção dos alimentos é monitorizado por especialistas em alimentação em todo o mundo.

http://www.cmav.pt/agenda.php?id=723
www.portoenorte.pt/gastronomia/2011/?p=1218
http://www.slowfoodfoundation.org/pagine/eng/arca/cerca.lasso?-id_pg=36#risultati

terça-feira, 8 de março de 2011

Tarte de limão merengada

O que fazer com tantos limões que os limoeiros nos oferecem durante quase todo o ano? Há um infindável número de utilizações possíveis. Com alguns deles resolvi fazer uma tarte.



Ingredientes

Massa:
150g farinha trigo com fermento
100g margarina derretida
50g açucar
1 gema ovo
raspa de 1 limão

Recheio:
250 ml água
3 colheres sopa de amido de milho (tipo maizena)
100g açucar
raspa e sumo de 1 limão
3 gemas

Merengue:
4 claras
2 colheres sopa açucar

Numa tigela juntar a farinha, a margarina, o açucar, a gema de ovo e a raspa do limão. Amassar até formar uma bola homogénea. Untar uma forma de tarte com margarina e forrar com esta massa. Picar toda a massa com um garfo. Levar a tarte ao forno pré-aquecido a 180ºC durante aproximadamente 10 minutos.

Num tacho junte o amido de milho com a água e misture muito bem com uma vara de arames para não ganhar grumos. Adicione o açucar, a raspa e o sumo de limão. Leve ao lume, mexendo sempre, até engrossar. Retire, deixe arrefecer um pouco, e incorpore as gemas previamente batidas.

Retire a tarte do forno e espalhe o recheio por cima.

Para preparar o merengue, bata as claras em castelo e, antes de terminar, adicione em chuva o açucar, continuando a bater mais um pouco até ficarem bem firmes.
Com um saco de pasteleiro cubra o recheio com o merengue e leve novamente ao forno durante, aproximadamente, 20 minutos a 180ºC ou até o merengue ficar dourado.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Salada fresca de coentros

Este fim de semana resolvi fazer uma salada rápida e aproveitar uma erva aromática que costumo ter com alguma fartura na minha varanda  - o coentro. Esta saladinha é muito simples de se fazer e tanto se pode comer quente como fria. Eu costumo comê-la fria e é bastante agradável.

Cozi massa em forma de lacinhos (200g) em bastante água temperada com sal q.b. (quanto menos bem melhor) e uma colher de sopa de azeite. Após cozida e arrefecida coloquei-a numa taça e juntei passas (50g), pinhões (50g), delícias do mar (5 tirinhas) cortadas fininhas, 1/2 dente de alho finamente picado, coentros (2 colheres sopa) grosseiramente picados e um fio de azeite. Envolvi tudo muito bem e polvilhei com mais coentros para decorar.

É uma salada muito fresca para o tempo que se avizinha. Pode ser feita com bastante antecedência e muito útil para se levar para um piquenique, para a praia ou até para o trabalho para um almoço rápido.